Deise Quintiliano

>Deise Quintiliano
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Filmosofia no Cinema Nacional Contemporâneo
Folio Digital
Editora Letra e Imagem
Verlag Letra e Imagem Editora e Produções LTDA, 2014
ISBN: 8561012374, 9788561012373

Cover: “Entre o final dos anos 1990 e início dos anos 2000, o cinema brasileiro passou por uma importante retomada. Com novos mecanismos de apoio à produção, incentivos fiscais e o surgimento de novas produtoras, pouco a pouco, a produção nacional ganhou espaço nas salas de exibição brasileiras, alcançou um novo patamar de qualidade e conquistou a confiança dos espectadores. Apoiada no conceito de Filmosofia – que, segundo o pesquisador inglês Daniel Frampton, é um ‘manifesto em favor de uma nova maneira radical de compreensão do cinema’ -, Deise Quintiliano se dedica, com bastante competência, neste livro, ao estabelecimento de relações dialógicas entre os signos que vemos projetados no telão, atuando como um pensamento independente, afinal, o cinema pensa, a câmera… também! O livro traça uma diretriz difícil, laboriosa e original, com o objetivo de extrair de dois filmes brasileiros contemporâneos uma criatividade investigativa, com claro apelo ora não mais à hermenêutica, à interpretação, mas à semiologia, à construção conjunta de imagens que também falam.”


Deise Quintliano, Paula Schild Mascarenhas,
Sartre em dois atos: As Moscas e O Diabo e o Bom Deus
ISBN: 978-85-61593-30-8 Coedição: DP et Alii / Faperj

Com a publicação da obra de Sartre em dois atos: As Moscas e O Diabo e o Bom Deus, Deise Quintiliano cumpre com competência a promessa de encerrar sua trilogia sartriana pelo teatro. Tal qual uma detetive, perscruta a pista do que poderíamos denominar a finalidade ou intenção eventual de As Moscas. Nesse sentido, nenhum detalhe insólito, bizarro, inesperado do texto passa despercebido à vigilância atenta da autora e à sua gnose elucidativa. A segunda parte do livro concentra-se numa das últimas peças de Sartre, O Diabo e o Bom Deus. Se a abordagem de Deise Quintiliano é semiológica, a de Paula Mascarenhas é diretamente sintética e filosófica: O que representa a ação utilizada por Sartre em seu teatro? Há uma evolução notória do percurso de Goetz, herói de O Diabo e o Bom Deus, com relação ao de Orestes em As Moscas? Paula Mascarenhas aborda com lucidez e firmeza essas questões, ancoradas em seu conhecimento perfeito do contexto bibliográfico dos grandes comentadores do teatro sartriano.  Pierre Verstraeten

Autoras: Deise Quintiliano: Doutora em Letras Neolatinas pela UFRJ/EHESS de Paris. Pós-doutora pelo PPGL da UFRGS. Professora de Letras Francesas, na UERJ. Lançou os livros Sartre: Philia e Autobiografia (2005); Engenho e Arte: Pós-Modernidade e relatividade em Sartre (2007). Paula Schild Mascarenhas. Mestre e doutoranda em Letras pela UFRGS; professora de língua e literatura francesa na UFPel . Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua e Literatura Francesa, atuando principalmente nos seguintes temas: literatura francesa, literatura engajada, teatro de Sartre.

Deise QuintilianoSartre: phílía e autobiografia
184p. – 14 x 21 cm – 2005
DP&A editora – Rua Joaquim Silva, 98 – 2º andar – Lapa
CEP 20.241-110 – RIO DE JANEIRO – RJ – BRASIL
ISBN: 85-7490-353-1    > kaufen
Avant-propos
Compte-rendu = Traduction

Cerisy-la-Salle: Deise Quintiliano
Sartre : Des incompatibilités électives

No dia 12 de janeiro de 2010, teve início o I Simpósio Internacional de Estudos Estéticos: “Transbordamentos da Estética Contemporânea“. O evento, que consolidou o Convênio de Cooperação Internacional entre o Instituto de Letras da UERJ e a UFR de Sociologia, Literatura e História da Universidade de Paris 8, aconteceu até o dia 14 do mesmo mês.

I Simpósio Internacional de Estudos Estéticos: “Transbordamentos da Estética Contemporânea – www. fabula.org

François Noudelman – Blog

Les photos du colloque

“Interview accordée à l’Assemblée Législative de Rio de Janeiro sur
le Centenaire de la naissance de Simone de Beauvoir”



Vida & Arte

ENTREVISTA
Legado do inconformismo

Em entrevista ao O POVO por e-mail, a pesquisadora Deise Quintiliano
Pereira fala sobre a importância dos escritos de Simone de Beauvoir para a história do pensamento do século XX

Deise Quintiliano
Engenho e arte:
pós-modernidade e relatividade em Sartre
  editora 7letras] à paraître / in Vorbereitung

A presença de Jean-Paul Sartre junto à intelectualidade brasileira foi intensa e contemporânea, abrindo
espaços novos – em especial nos anos ´60 do século passado – para um pensamento radical e militante, embora não marxista. A postura de absoluta militância e participação social e política apregoada pelo filósofo francês e, simultaneamente, sua desconfiança para com todas as formas de opressão, o tornaram um símbolo da própria liberdade. Uma liberdade torturante, avassaladora, muito mais um fardo – quiçá uma maldição do homem – do que a condição morna e instrumental da liberdade no liberalismo clássico. Também a postura frente às religiões e a questão da salvação do

“No poeta e no escritor medra a vigília permanente do artista. Na percepção de seus objetos, mundos e construções, olhares enviesados entrecruzam a arenosa argila da estética, num ritual iniciático em que o demiurgo cria,
transforma, reorganiza seu tesouro. É a língua dos anjos falada na terra dos homens;
o mercúrio dos filósofos que torna possível a convergência, por vezes harmoniosa, do
prosador, do romancista, do profeta, que se aventuram nas sendas do seu furtivo desejo de co-criação. É a circulação de saberes lucubrada pela modernidade que passeia pela história da humanidade para fincar seus pés no olho-cérebro, capaz de perceber novos jogos dinâmicos e lúdicos que redefinem o modo como a arte relê a arte.”

Homem punham-no na condição de senhor de um pensamento rigoroso, duro, sem concessões ou nichos escuros: tudo residia no homem, na imperiosidade da sua decisão… Além disso, num momento onde ocorria, de um lado, a refundação freudiana da clínica – com Lacan – e de outro, de crítica à clínica – com o despontar da anti-psiquiatria de Th. Zasz ou os primeiros textos sobre as relações entre clínica e poder, de M. Foucault – Sartre abria espaços para pensar a “escolha” como manifestação fenomenológica da “falta-a-ser”, repudiando assim o biologismo e o naturalismo decorrente da busca em fundar “cientificamente”– portanto distante da filosofia – a prática psicanalítica.
Contudo, todas estas incursões na compreensão da condição humana não bastaram para Sartre. Foi necessária, ainda, a construção da forma literária como ferramenta de expressão. Não só o texto filosófico assume a importância literária, como ainda os literatos – com Gustave Flaubert à frente – visitam o debate filosófico sobre a condição existencial. Tal acoplagem permitiria com grande impacto para o público brasileiro – mesmo aquele público apenas curioso – um contato mais íntimo com a obra sartriana. Mas, os anos ´70 – com os últimos sinais da hegemonia do marxismo estruturalista, palavroso e estéril de L. Althusser – afastarão toda uma geração da obra de Sartre. A crise do marxismo, a partir dos anos ´80, não será mais generosa. Outros estruturalismos e, além
disso, o imperialismo da crítica literária vivida no texto e para o texto, afastavam longamente Sartre do debate acadêmico brasileiro.A riqueza da iniciativa de Deise Quintiliano, primeiro na organização do Colóquio Internacional, realizado em 2005, na UERJ, na celebração do centenário de nascimento nascimento do escritor e agora na edição deste livro, marca o retorno a uma das mais importantes, e ricas, matrizes do pensamento no século XX para o centro do debate sobre a condição do homem na universidade brasileira. Nos três ensaios que compõem este livro, Deise Quintiliano nos brinda com uma visão contemporânea da idéia de transdisciplinaridade, produzindo um diálogo fértil entre diversas áreas do conhecimento, como a Teoria Literária, a Estética e a Física. A autora exerce o seu poder de análise sem, entretanto, arrogar-se o papel de um “scholar” clássico. Em cada texto, mais do que esgotar academicamente o tema proposto, Deise nos convida a uma aventura onde o pensamento alarga as suas possíveis fronteiras, demonstrando a sua pujança diante do impensado. É o que se percebe, por exemplo, no ensaio intitulado A Eternidade e um dia, no qual a relatividade einsteiniana serve de instrumento para o exame dos textos literários de Garcia Márquez e de Jean-Paul Sartre. Parafraseando o grande físico Isaac Newton, parte do mérito deste livro reside no fato de a autora “apoiar-se nos ombros de gigantes”para deslindar um novo e desconhecido horizonte, cuja linha tornou-
se o limite a ser ultrapassado.

O conjunto dos trabalhos aqui publicados, abraçando praticamente todos os variados domínios visitados por Sartre, atualiza, reinterpreta e recentra o pensamento
sartriano no alvorecer do século XXI. FRANCISCO CARLOS TEIXEIRA DA SILVA
Professor Titular de História Moderna e Contemporânea da UFRJ


Pensamentos Instigantes. Filosofia, Arte et Ciência
Palestrante: Deise Quintiliano: Voltaire e a Dramaturgia . 25 de Julho – 18h30


Jornada Internacional do Extremo Contemporâneo Literário Convidado: Prof. Dr. Paolo Tamassia (Universidade de Trento – Itália)
Coordenaçao geral: Profa. Dra. Deise Qintilano Pereira – INSTITUTO DE LETRAS

Programmaçao Geral
Data 22/112006 (quarta-feira)

Local: RAV 112 – 11° andar Instituto de Letras

9:00 – Mesa 1:

Conferencia: “Sogetto, senso et récit nel romanzo dell’estremo contemporaneo”
Prof. Dra. Deise Quintiliano (IL)
Profa. Dra. Maria Franca Zuccarello (IL)

18:30 – Mesa 2
Conferencia: “Sujet et récit dans el roman de l’extrême contemproain”
Prof. Dra. Deise Quintiliano (IL)
Prof Dr. Geralso Pontes Jr. (IL)


Monah Delacy e Deise Quintiliano discutem sobre Sartre e o teatro O teatro engajado do escritor e filósofo francês Jean-Paul Sartre estará no centro do próximo debate do programa Pensamentos Instigantes — Filosofia e Arte, do Centro Cultural Banco do Brasil, que acontece no dia 26 de julho, a partir das 18h30, com a presença da pesquisadora e escritora Deise Quintiliano e da atriz e também escritora Monah Delacy. A mediação do debate é do psicólogo e arteterapeuta Claudio Bergamo, curador do programa. Mehr…


http://romanistik.info/quintiliano-sartre.html#saopaulo”>4.-9. Oktober 2005 Sao Paulo | Jornada Sartriana : 16.November 2004 |

Colóquio Internacional
Jean-Paul Sartre:  100 anos –
Rio-de-Janeiro UERJ/BRASIL
22 a 24 de novembro de 2005

Le programme
Le programme (version française)

Mittlerweile sind die Akten dieser Tagung >
auf CD erschienen: ISBN: 85-86392-16-2

 Renseignements: deisequintiliano@uol.com.br


Sartre - Sao Paulo Sartre – As Razoes da liberdade        DOWNLOAD
4 a 9 d’outubroSao Paulo
Conjunto de eventos em homenagem ao centenário do filósofo,
escritor e dramaturgo Jean-Paul Sartre, apresentando
um ciclo de palestras, leituras e filmes.
Curadoria: Clarisse Fukelman –     CCBB Sao Paulo
07/10 – SEXTA
História de época: amigos, cúmplices e seguidores
Deise Quintiliano – UERJ/GES
Julio Cabrera – UnB
Paulo Arantes – USP

Sartre – As Razoes da Liberdade – BSB    DOWNLOAD
Séminarió, Leitura de Peças, Monólogo, Ciclo de films,     Lançamento di livro – 20 a 30 de setembroBrasília
Abertura: Homenagem a Gerd Bornheim
20/09 – TERÇA
Palavras de Sartre: modos de sobrevivência
Bento Prado Jr. – UFSCAR
Deise Quintiliano – UERJ/GES

FESTIVAL DE DANÇA DE ARARAQUARA – 5ª Edição
  De 04 à 11 de Setembro       DOWNLOAD
Table ronde de clôture:
Dia 23 4ª Mesa: “Sartre e a Literatura”
19h – Prof.ª Dr.ª Deise Quintiliano

Mesa redonda: Instituto da Letras da UFF, Rio de Janeiro
mit Profª. Drª. Deise Quintiliano Pereira
1. September 2005, 16.00 Uhr –
 Website des Frz. Konsulats             DOWNLOAD

Programa do Seminário Sartre FICÇÃO & FILOSOFIA
23 a 26 de agosto de 2005
    Organização Flora Süssekind e Izabel Aleixo Cursos
Rua São Clemente, 134 , 22260-000 – Botafogo – RJ


Deise Quintiliano : Sartre : philia e (auto)biografia

Compte-rendu     Deise Quintiliano

Avant-propos

(…) Dans les études sartriennes, on voit se dessiner depuis quelques années une tendance à contrecarrer la doxa qui fait de l’auteur de Huis clos le théoricien du rapport infernal avec autrui. En France, un lycéen de terminale doit pouvoir, au seul nom de Sartre, débiter comme un automate l’idée que le conflit est la relation première avec l’autre, que le regard est affrontement de consciences nécessairement antagonistes et que, comme l’a écrit Hegel, repris en épigraphe par Simone de Beauvoir dans L’Invitée, « chaque conscience poursuit la mort de l’autre ». Contre cette simplification qui a fini par réduire « l’enfer c’est les autres », la phrase la plus célèbre de Sartre, à une sorte de slogan publicitaire résumant sa pensée, des philosophes, comme le Suisse Yvan Salzmann, ont tenté de redresser cette image « négative » en mettant l’accent sur « l’éthique de la bienveillance » qu’il est possible de tirer de l’œuvre sartrienne. La réalité du monde, aujourd’hui peut-être plus que jamais dans l’histoire, tendrait plutôt à confirmer la vision tragique de Sartre exposée dans la Critique de la raison dialectique : le conflit est premier de fait dans l’histoire, parce que l’homme, défini par sa praxis, ne peut reconnaître sa volonté dans les résultat de ses actes. Tout ce qu’il fait tourne au pire, parce que l’autre lui apparaît comme celui qui va lui prendre sa subsistance dans le milieu de la rareté, de la pénurie. Il exerce donc sur lui, l’ennemi potentiel, une violence préventive. Une « éthique de la bienveillance », une « politique de l’amitié » relèveraient alors du vœu pieux, de l’utopie généreuse mais totalement irréaliste, bref du mensonge humaniste dénoncé dans la première œuvre de Sartre, La Nausée, où, en effet, l’amitié brille par son absence, la solitude étant le lot d’une conscience lucide de l’existence. A cette solitude, Roquentin n’envisage aucune issue, seulement un recours : la littérature. Mais dans la suite de son œuvre, Sartre a dénoncé ce recours comme une illusion mystificatrice. Deise Quintiliano ne cache rien des difficultés que rencontre la pensée sartrienne dans sa tentative de fonder une morale positive qui ne soit pas une « morale d’écrivain pour écrivains ». Elle montre simplement, c’est-à-dire sans sacrifier la compexité de la question mais en évitant de l’embrouiller davantage, que le thème de l’amitié joue un rôle plus grand que Sartre ne l’avait peut-être lui-même perçu dans la dialectique de l’ « agon » et de la fraternité qui donne sa tension à toute son œuvre. Et le pari qu’elle fait, ce pari de femme, qui est le mien aussi, et qui fut celui de Sartre, est que l’humanisation de l’homme passe par une littérature dans laquelle la subjectivité s’assume comme liberté et appel à la liberté de l’autre. Son livre est de ceux qui se recommandent d’eux-mêmes aux lecteurs actifs, et qui se passent fort bien de l’autorisation d’un tiers pour entamer un dialogue amical sur l’amitié.

Michel Contat
Paris, décembre 2002


Compte-rendu:

Leandro Konder
Amitié authentique, franche et exigeante,     in: Journal O Globo                  Traduction D.Q.

Sans jamais renoncer à l’autonomie, Sartre a cultivé une rigoureuse franchise dans le rapport avec ses amis

Sartre: philía e autobiografia, de Deise Quintiliano. DP&A Editora e Faperj, 181 pgs. R$ 25

Les commémorations du centenaire de la naissance de Jean-Paul Sartre, amènent, de nouveau, le penseur français à monter sur la scène de la bataille des idées. Tout indique que ce retour permettra que sa philosophie mérite, encore une fois, l’attention du public et que l’intérêt suscité ne se borne pas à un modisme.

La philosophie de Sartre a une caractéristique qui correspond à une quête qui est peut-être la plus enracinée de la culture contemporaine: l’aspiration de la liberté. Pour le philosophe auteur de L’être et le néant (1943) et de La critique de la raison dialectique (1960) la liberté est inhérente aux hommes, elle appartient à l’essence même de notre conscience.

Qui accepte de sacrifier l’autonomie devient esclave

La liberté existe quand nous exerçons notre pouvoir de choisir, elle existe aussi lorsque par opportunisme, par mauvaise foi ou par n’importe quelle autre motivation, nous renonçons à exercer ce pouvoir. Si dans le rapport avec les autres, l’individu accepte de sacrifier son autonomie, il opte, en effet, pour le chemin de l’esclavage.

Sartre a été souvent accusé d’être un individualiste; sa “philosophie de l’existence” a été considérée par la gauche française un courant de la pensée petite-bourgeoise.

Revisitant maintenant ses textes, Deise Quintiliano réexamine et réevalue quelques-uns des aspects de l’oeuvre de l’un des intellectuels les plus combatifs de notre temps. Avec attention et patience elle se penche sur les essais, les pièces de théâtre, la correspondance, les articles et les subtils souvenirs d’enfance, rassemblés dans les réflexions de “Les Mots”.

De la recherche ressort donc une conception de l’amitié (philía, en grec), que Deise Quintiliano a exhumé de l’oeuvre de Sartre et qu’à certains moments le philosophe aurait peut-être préféré laisser enterrée.

Sartre a essayé de corriger son refus du matérialisme historique de peur que l’attribution d’un sens au mouvement de l’histoire implique un alibi susceptible de rassurer la conscience de criminels amoraux (voir la pièce Les mains sales). Toutefois, dans la Critique de la raison dialectique, le penseur a admis que l’action collective, agglutinant des forces, au moment où elle se mobilisait, en convergence, ajoutait quelque chose au pouvoir de la liberté des individus, en leur attribuant un sens, une rationalité.

Sartre rapproche amitié (philía) de fraternité. Deise Quintiliano attire notre attention sur la différence qui existe entre les deux concepts. La fraternité exprime certaines conditions historiques, cependant, elle peut le faire en constituant des “troupeaux”. L’amitié, telle que Sartre la concevait, était plus exigeante en ce qui concerne les différences. Où l’amitié était authentique, il était permis l’exercice d’une rigoureuse franchise. Et Sartre a poussé cette idée à l’extrême, lorsqu’il a critiqué durement Merleau-Ponty et Camus, perdant l’amitié de tous les deux.

Le livre de Deise Quintiliano décortique le thème, y jetant une nouvelle lumière, démontrant l’importance du problème dans les tensions qui se manifestent dans l’oeuvre de Sartre, si stimulante. Il montre un ensemble d’idées qui étaient injustement oubliées et que maintenant, en fonction des commémorations du centenaire, nous avons l’immense plaisir intellectuel de rediscuter.


Programa do Seminário Sartre FICÇÃO & FILOSOFIA
23 a 26 de agosto de 2005
Organização Flora Süssekind e Izabel Aleixo

Fundação Casa de Rui Barbosa, Centro de Pesquisa, Sala de Cursos
Rua São Clemente, 134 , 22260-000 – Botafogo – RJ

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Deise Quintiliano, Leandro Konder, Clea Góis

23 de agosto (terça-feira)

16h Palestra de abertura

Leandro Konder

17h Mesa de abertura: “Sartre Hoje”

Emir Sader (UERJ/USP) – “Sartre, intelectual insuperável do nosso tempo”.
K. Rosenfield (UFRS) – “Sartre e o trágico moderno”.
Wanderley Guilherme dos Santos (IUPERJ) – “Sartre e o encontro marcado”.
(Mediação: José Almino Alencar – FCRB)

19h Leitura de trechos da Trilogia
Direção: Luiz Arthur Nunes

20h Lançamento de livros de e sobre Sartre

24 de agosto (quarta-feira)

9 às 12h Minicurso Sartre e a Literatura

Prof. Franklin Leopoldo e Silva (USP)

Linhas gerais: Estudo de aspectos da relação entre literatura e filosofia em Sartre, principalmente por via de uma leitura comparada dos livros “A Transcendência do Ego” e “A Náusea” com a finalidade de compreender a elaboração da questão das relações entre existência e contingência; a leitura comparada dos “Caminhos da Liberdade” e de trechos de “O Ser e o Nada” deverá proporcionar a compreensão das relações entre existência e liberdade. Pretende-se também retomar algumas questões relativas à concepção sartriana de literatura, sobretudo no que diz respeito à noção de compromisso histórico.

12h Filme Sartre par lui-même, de Michel Contat

14h Palestra: “Sartre e o problema da consciência”
Ronaldo Lima Lins (UFRJ)

16h Mesa-redonda: “Questões de Literatura”
Edson Rosa da Silva (UFRJ) – “Sartre, qu’est-ce que la littérature?”.
Elisabeth Chaves de Mello (UFF) – “O conceito sartriano de leitura – em liberdade”.
Deise Quintiliano (UERJ) – “A gênese autobiográfica em Jean-Paul Sartre”.
(Mediação: Vera Lins – UFRJ)

18h Mesa-redonda: “Inter-relações”.
Luiz Damon S. Moutinho (UFPR) – “Sujeito e linguagem: o debate entre Sartre e Merleau-Ponty”.
Manuel da Costa Pinto (USP) – “Sartre e Camus”.
Luiz Nazario – (UFMG) “Sartre e Genet”.
(Mediação: Júlio Castañon Guimarães – FCRB)

20h Leitura da peça As moscas
Direção: Moacir Chaves

25 de agosto (quinta-feira)

9 às 12h Minicurso Sartre e a Literatura
Prof. Franklin Leopoldo e Silva (USP)

12h Exibição do vídeo “Em busca de Heidegger e Sartre”, de Paulo Perdigão.

14h Palestra: “Sartre e a ética”
Franklin Leopoldo e Silva (USP)

16h Mesa-redonda: “Sartre crítico: Leituras”
Verónica Galíndez Jorge (USP) – “Sartre e Flaubert”
Marcelo Jacques (UFRJ) – “Sartre e Baudelaire”
Paula Glenadel (UFF) – “Mallarmé, entre a parte maldita e a classe ressentida”.
Camila Salles Gonçalves (Sedes Sapientia, SP) – “Freud e Sartre”.
(Mediação: Rachel Teixeira Valença – FCRB)

18h Mesa-redonda: “Sartre e o teatro”

Lídia Fachin (UNESP) – “Os recursos da teatralidade em Entre quatro paredes de Sartre”.
Victor Hugo Adler Pereira (UERJ) – “Sartre e Dürrenmatt”
Flora Süssekind (Unirio/FCRB) – “Nota sobre Nekrassov”
(Mediação: Antonio Herculano Lopes – FCRB)

20h Leitura da peça Entre quatro paredes

Direção de Camila Amado

26 de agosto (sexta-feira)

9 às 12h Minicurso Sartre e a Literatura
Prof. Franklin Leopoldo e Silva (USP)

12h Filme-entrevista de Sartre à TV canadense

14h Palestra

Fernando Henrique Cardoso

16h Mesa-redonda: “Sartre no Brasil”
Luís Antônio Contatori Romano (UNICAMP) – “A passagem de Sartre pelo Brasil”.
Rosângela Patriota (Univ. Federal de Uberlândia) – “História – Cena – Dramaturgia: Sartre e o Teatro Brasileiro”.
(Mediação: Rosa Maria Araújo – FCRB)

18h – Mesa-redonda: “Escrita e Experiência”
Eneida Maria de Souza (UFMG) – “A traição autobiográfica”.
Cléa Góis (UERJ) – “Freud e Sartre: Psicanálise e Psicanálise Existencial”.
Cristina Diniz Mendonça (USP) – “Os ‘anos Sartre’: Filosofia, Romance e Resistência”.
(Mediação: Tânia Dias – FCRB)

20h – Performance Despedida a Sartre

Direção de Gilberto Gawronski

OBS. As inscrições para o minicurso “Sartre e a Literatura”, no valor de R$50,00, estão abertas a partir de 1º de agosto no Centro de Pesquisa, no horário de 10 às 17 horas. A participação no seminário é gratuita e não requer inscrição.


Deise Quintiliano est Professeur de Littérature Française à l’Université de l’Etat de Rio de Janeiro. Docteur ès Lettres Néolatines à l’Université Fédérale de Rio/ EHESS de Paris. Auteur de plusieurs articles et chapitres consacrés à la critique littéraire française (et francophone), italienne, portugaise et brésilienne contemporaines et notamment à la littérature sartrienne, publiés dans des
revues de circulation nationale et internationale:

Sartre: La rhétorique de l’épitaphe ou le mot comme cercueil”dans le volume Jean-Paul Sartre, Violence et Éthique, de la Revue Sens Public, sous direction de Gérard de Wormser, Lyon, (2005)

Les Mots: l’aveu silencieux de Sartre
, Revue Rencontres du Departement de Français de l’Université Catholique de São Paulo (2004)

La construction métaphorique dans la dramaturgie sartrienne
, Revue Ipotese de l’Université Fédérale de Juiz de Fora (2001)

Le théâtre comparé: Sartre lecteur des classiques
“, Revue Aletria d’ Etudes de la Littérature de l’Université Fédérale de Minas Gerais (2000)

Le double singulier: l’inscription du tragique chez Tahar Ben Jelloun
, Revue Gragoatá de l’Institut de Lettres de l’Université Fédérale Fluminense (1999).

La “double inclusion du féminin”: une perspective sartrienne de l’amitié
Deise Quintiliano UERJ (Université de l’Etat de Rio de Janeiro).
auf der Website Gruppo di Studi Sartriani, Rom

Le naturalisme flaubertien: la vie comme oeuvre d’art
Vortrag beim 13ème Colloque International: Émile Zola et le Naturalisme
10ème Festival International du Cinéma Naturaliste, 25-28 mai 2004
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

[Sartre : La rhétorique de l’épitaphe ou le mot comme cercueil]
in: [Sens] [Public] 03

L’aube d’une rencontre, in: Pouroui Sartre?

Symposium interdisciplinaire Jean-Paul Sartre
18-21 juillet 2004


| 22.-24. November 2005 | 4.-9. Oktober 2005 Sao Paulo | Jornada Sartriana : 16.November 2004 |


Journée Sartrienne à l’ Université de l’Etat
de Rio de Janeiro”, le 16/11/2004
Institut des Lettres Ankündigung